O dinheiro da turma sumiu? O que aprender com a suspeita de desvio de R$ 62 mil de alunos de SP – Valor Investe

29 de agosto de 2023

Por Valor Investe — Rio

Situações em que colegas de turma perdem o dinheiro destinado a eventos coletivos não são raras. O mais comum deles é o chamado "Golpe da Formatura". Mas há outros casos em que todo um grupo pode perder as reservas. Um novo caso suspeito envolve a competição esportiva universitária das faculdades paulistas de arquitetura e urbanismo. Episódios em que o dinheiro é desviado sempre guardam pontos em comum. Veja como evitar que os recursos da turma sejam perdidos e garantir que os planos sejam realizados.
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O mais recente episódio que virou notícia trata da investigação feita pela Polícia Civil de São Paulo sobre o desvio de, ao menos, R$ 62 mil. O valor pertence a alunos dos cursos de arquitetura e urbanismo que juntavam o dinheiro para participar da competição esportiva universitária que envolve faculdades paulistas, o InterFAU. Os alunos sustentam que uma ex-estudante da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e que atuava como tesoureira do evento esportivo, desviou o recurso. Parte do dinheiro teria sido usado para ela viajar para a Disney.
O que chama atenção é que os depósitos para viabilizar o evento esportivo eram enviados diretamente para a conta pessoal da aluna. E, aqui, está o primeiro erro.
Sempre que um grupo se une para levantar recursos para um objetivo comum deve adotar mecanismos que impeçam que uma só pessoa tome decisões sobre o dinheiro. É preciso fazer a abertura de conta corrente com titulares não solidários, que exigirá que as movimentações tenham anuência de todos os titulares da conta corrente, obedecendo ao estatuto.
Segundo reportagem do portal Uol, a estudante afirmava que abrir uma conta jurídica geraria taxas. Essa é uma meia verdade. De fato há custos de uma conta jurídica, que podem variar conforme a instituição e o plano escolhido. Mas, nas contas digitais, essa manutenção geralmente é gratuita. Então, vale pesquisar e não usar uma conta pessoal para fins coletivos.
A mesma reportagem cita que Bella Beatriz Bassi Chede Domingos virou suspeita entre os alunos depois que uma nova gestão do InterFAU foi empossada em setembro do ano passado e se deparou com um "caixa excessivamente baixo" para realizar o evento esportivo que dura uma semana.
O caso é apurado como apropriação indébita pelo 4º Distrito Policial da Consolação, na região central da capital. A defesa da ex-aluna do Mackenzie nega que ela tenha usado o dinheiro. O Mackenzie, em nota, disse não ter responsabilidade sobre o evento e que as atléticas possuem registros de CNPJ próprios.
O caso reforça a necessidade de sempre formar um grupo com autoridade para decidir sobre aspectos coletivos. Também é importante abrir CNPJ e criar uma comissão de fiscalização e monitoramento dos atos do representante, que deverão prestar contas de forma recorrente e sempre que for solicitado.
Outra orientação importante é que mesmo que a classe tenha elegido uma comissão do evento, é dever de toda a turma acompanhar os processos e os preparativos. Os alunos devem pedir um relatório com os gastos e contratações e acompanhar mês a mês o andamento da organização do evento.
Além dessas medidas, em caso de festas e contratação de serviços de terceiros, também deve-se desconfiar das empresas que oferecem preços muito abaixo das outras companhias. Também vale verificar os antecedentes das empresas contratadas nos órgãos de proteção ao consumidor, como no Procon, em sites de reclamação ou até mesmo nas redes sociais.
Os alunos – e não só a comissão de formatura – devem buscar informações sobre os fornecedores para averiguar se há alguma reclamação ou exposição de casos que envolvam a empresa contratada, para que atentem-se aos problemas e possivelmente optem por outras empresas.
*Com informações da Associação Brasileira de Empresas de Formatura e Afins (ABEFORM) e Flavio Humberto Pretti, planejador financeiro pela Associação do Planejamento Financeiro (Planejar).
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— Foto: Getty Images
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