Equipe InfoMoney
07/05/2024 11h56 • Atualizado 5 dias atrás
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Grandes e médias empresas brasileiras têm mobilizado esforços nos últimos dias para socorrer as vítimas das chuvas que deixaram forte rastro de destruição no Rio Grande do Sul, a pior tragédia já registrada na história da região em danos materiais e custo humanitário.
Veja mais: Como ajudar as vítimas no Rio Grande do Sul
Além das dezenas de mortos e centenas de feridos, calcula-se que mais de 200 mil pessoas ficaram desabrigadas no estado. Segundo forças de defesa civil, os itens mais necessários para as vítimas até o momento eram alimentos não perecíveis e cestas básicas, itens de higiene pessoal – como pasta e escovas de dentes -, roupas de cama e banho e água mineral. 
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Entre as ações do setor privado, estão doações em dinheiro, transporte de mantimentos, vaquinha virtual, congelamento de preços no varejo e condições para renegociar dívidas.
O setor aéreo concentrou esforços para coletar e transportar doações ao estado. A companhia aérea Azul mobilizou até segunda (6) ao menos quatro voos com mantimentos recolhidos nos aeroportos onde atua. Uma campanha da operadora de turismo CVC em parceria com Azul, Gol e Latam coletará até 12 de maio, doações em suas mais de 1 mil lojas pelo país.
Bancos e instituições financeiras também anunciaram ações e parcerias para amenizar os estragos causados pelas inundações. A Bradesco Seguros montou uma força-tarefa para atender aos sinistros nas cidades com mais chamados, como Santa Cruz do Sul, São Leopoldo, Caxias do Sul e Porto Alegre. A XP anunciou uma corrente solidária com o União BR.
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Veja a seguir algumas das principais ações de empresas em prol do Rio Grande do Sul e como ajudar:
A Petrobras (PETR4) aprovou na segunda-feira (6) uma doação de R$ 5,6 milhões para apoio à população de Canoas e Esteio, no Rio Grande do Sul (RS). O montante será destinado ao Movimento União BR, por meio do Instituto da Criança, organização sem fins lucrativos, para aquisição de itens de primeira necessidade como cestas básicas e eletrodomésticos, entre outros.
“Estas ações da Petrobras complementam outras medidas emergenciais que já vêm sendo tomadas pela companhia como a campanha de voluntariado para doações de itens de alimentação, limpeza e higiene para as famílias atingidas”, informou a petroleira.
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Equipes foram mobilizadas para viabilizar a compra e entrega de cestas básicas, água, itens de higiene pessoal, itens de limpeza, colchões e cobertores. O ginásio da sede social do Clube de Empregados Petrobras (CEPE), em Canoas, está recebendo cerca de 500 desabrigados. A companhia disponibilizou uma embarcação e equipamento para armazenar medicamentos.
A aérea Azul (AZUL4) montou postos de arrecadação nos 160 aeroportos onde opera e nas mais de 100 lojas da operadora de turismo Azul Viagens. As doações são levadas pelas aeronaves da empresa..
No domingo (5), realizou um voo abastecido com itens essenciais para os impactados e, na segunda-feira (6), uma segunda operação partiu de Jundiaí até o aeródromo de Belém Novo com mais itens essenciais e antenas Starlink, doadas pelo governo de Minas Gerais, para restabelecer a conectividade nas regiões mais afetadas.
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Outros dois voos humanitários partiram entre Florianópolis e Belém Novo com itens essenciais, cada um com 1 tonelada. Por via terrestre, deslocou uma carreta abastecida, partindo de Navegantes com destino a Viamão, com 17 toneladas de donativos. Outro veículo partiu de Florianópolis para o mesmo destino.
A BRF e a Marfrig informaram que uniram forças para apoiar as vítimas das chuvas e doaram mais de 50 toneladas de alimentos e 5,5 toneladas de ração para pets do Rio Grande do Sul. As empresas estão fomentando uma campanha de arrecadação para o Fundo de Ajuda Humanitária do Instituto BRF.” A cada R$ 1 doado para o Instituto até 20/05, a BRF e a Marfrig somarão mais R$ 1 cada uma, triplicando o valor das doações. Até o momento, contabilizando os aportes das empresas, já foram arrecadados mais de R$ 1,1 milhão que serão destinados para apoio no local”, anunciaram.
A XP (XPBR31) iniciou uma corrente com o União BR, junto com todas as suas marcas, para pedir doações em prol dos atingidos pelas chuvas no Rio Grande do Sul. A XP Inc. já fez um aporte financeiro para o União BR. Mas todos podem ajudar as vítimas dos temporais que afetam o sul do país. 
O União BR é um movimento apartidário que atua como intermediário entre aqueles que querem ajudar e aqueles que precisam de ajuda. Eles estão provendo mantimentos em geral para todo o estado do RS e sua contribuição é fundamental.
Como ajudar: Instituto Conexão Solidária
A Isabela, marca de massas e biscoitos da M. Dias Branco (MDIA3), disponibilizou entrega emergencial de 21 toneladas de alimentos para os desabrigados. Os produtos começarão a ser entregues assim que houver condições de retirada no Centro de Distribuição da marca instalado em Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre, cujo acesso rodoviário, neste momento, está comprometido.
A companhia, que possui uma planta industrial em Bento Gonçalves, mapeou os funcionários que tiveram suas moradias afetadas e oferecerá, também emergencialmente, apoio financeiro, cesta de alimentos e atendimento psicológico. De acordo com a M. Dias Branco, a planta de Bento Gonçalves (fábrica e moinho de trigo) e o Centro de Distribuição não foram danificados, mas o acesso às instalações é difícil. 
Como ajudar: a companhia indica as entidades para os que quiserem contribuir:
Até o dia 19 de maio, a operadora de turismo CVC fará uma campanha de arrecadação nas mais de 1.000 lojas para ajuda ao Rio Grande do Sul. A empresa ficará responsável como ponto de coleta dos itens doados. A Jamef atuará na coleta dos itens e das companhias aéreas Latam, Azul, Gol, responsáveis pela entrega das doações. 
Como ajudar: doações de itens como roupas, calçados, tolhas, cobertores, lençóis podem ser entregues nas mais de 1000 lojas da CVC instaladas nas principais cidades do país. Confira os endereços.
O Carrefour (CRFB3) anunciou que vai congelar os preços de todos os seus produtos nas lojas do Rio Grande do Sul a partir desta terça-feira (7). O congelamento vale para lojas do Carrefour, Atacadão, Sam’s Club e Nacional.
“É uma segurança à população de que os preços serão os mesmos até o fim de maio, não é preciso ter receio de reajustes”, diz Stéphane Maquaire, CEO do Carrefour Brasil.
Segundo a rede, cinco das 20 lojas do Grupo Carrefour foram fechadas temporariamente no Rio Grande do Sul em virtude das enchentes. As outras 15 estão recebendo arrecadações de mantimentos para as vítimas das cheias no estado.
A Cimed anunciou a doação de R$ 1 milhão em medicamentos para o governo estadual, além de baixa nos pagamentos de compras na Cimed feita por farmácias atingidas pela enchente, reposição de 100% das mercadorias perdidas de todas as 1 mil farmácias atingidas e redução de preço dos produtos.
“Cerca de 72 mil pacotes de lenços umedecidos, um dos itens de maior demanda na região atingida, foram doados pela companhia e que podem ser retirados gratuitamente pela população nas farmácias das redes São João e Panvel. Toda a estrutura logística e os Centros de Distribuição da Cimed operam em capacidade máxima para manter as farmácias abastecidas, especialmente com itens básicos”, informou por nota.
Uma “vaquinha” virtual apoiada por pelo menos 19 empresas visa arrecadar recursos para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul. A iniciativa é do O Instituto Vakinha, o Pretinho Básico e o Badin Colono. Além de influenciadores, empresas como Cobasi, Decathlon, PanVel Farmácias e Eletromídia participam da ação. Até a manhã desta terça-feira (7), já havia arrecadado R$ 45 milhões.
Como ajudar: Acesse o link da campanha
O Bradesco (BBDC4) anunciou que vai oferecer condições especiais para renegociar dívidas na região, com prazos de carência de até 180 dias para pessoas físicas e jurídicas em linhas de crédito como capital de giro, crédito pessoal e crédito direto ao consumidor.
“O Bradesco também poderá postergar por até 30 dias o pagamento destas linhas para os clientes da região, caso necessário. Além disso, irá suspender o sistema de cobrança feito por SMS, WhatsApp e telefone pelo prazo de 30 dias para clientes inadimplentes”, informou por nota.
A Bradesco Seguros anunciou uma operação de emergência de tratamento de sinistros e montou uma força-tarefa, em caráter especial e com contingente reforçado para atender aos chamados. Santa Cruz do Sul, São Leopoldo, Caxias do Sul e Porto Alegre eram os municípios com mais chamados. 
Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 444 foram afetados, de alguma forma, pela tragédia
Custos menores e resultados financeiros ajudaram a compensar queda na receita e no volume de vendas
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