Docile quer sentir o gosto do varejo – Pipeline

24 de janeiro de 2024


A fabricante de guloseimas Docile, que até então atuava no atacado e na distribuição, decidiu experimentar o varejo. A empresa gaúcha quer espalhar quiosques com sua marca pelo Brasil, em um modelo de franquias (como faz a concorrente Fini), e para isso resolveu começar por São Paulo.
A primeira unidade foi aberta no aeroporto de Congonhas e começou a operar ontem, depois de oito meses de conversas com a Infraero. A loja é própria, mas a ideia é que sirva de modelo para os futuros franqueados. A escolha do aeroporto, a propósito, foi feita pensando nisso.

"Congonhas tem um fluxo de 20 milhões de pessoas por ano, onde passam muitos formadores de opinião. São pessoas com poder aquisitivo, do Brasil inteiro, e que vão a São Paulo a lazer e a negócios", justifica Ricardo Heineck, sócio-diretor e um dos fundadores da companhia. Para ele, Congonhas é até melhor do que o aeroporto de Guarulhos, por ser um espaço menor, o que em tese aumenta a chance de um passageiro passar em frente ao quiosque da Docile.
A meta da empresa é chegar ao fim deste ano com uma rede com 25 unidades, a maioria no modelo de franquia, e algumas já estão em negociação. Desse total, a Docile estima que terá cinco ou seis quiosques próprios, que deverão ser abertos em lugares estratégicos, também com a ideia de ser um modelo para atrair franqueados. Antes de inaugurar a unidade de Congonhas, a Docile chegou a abrir um quiosque laboratório em Lajeado (RS) — onde fica a sede da empresa — que seguirá em operação.
A Docile está investindo R$ 5 milhões nesse projeto. Embora não revele projeções de margem para o negócio de franquias, diz que quer oferecer aos franqueados retornos superiores ao que é praticado pela concorrência. A Fini, por exemplo, promete lucratividade de 13% a 15%, com retorno do investimento em pelo menos 20 meses. A empresa espanhola afirma em seu site que tem cerca de 100 pontos espalhados pelo Brasil.

Ainda que esteja entrando no varejo, Heineck rejeita a ideia de que agora esteja concorrendo com seus clientes de atacado e distribuição. Segundo ele, os quiosques servirão para fortalecer a marca, o que pode estimular as vendas de clientes varejistas. "O consumidor pode experimentar no quiosque da Docile e depois comprar o mesmo doce em um supermercado depois", diz.
Fundada há 33 anos, a Docile tem uma fábrica em Lajeado e outra em Pernambuco. No total, produz 40 mil toneladas de doces por ano e exporta para 60 países. A empresa estima receita de R$ 780 milhões em 2024 e acredita que o negócio de franquias, quando consolidado, pode representar entre 3% a 5% da operação como um todo da companhia.
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