Edital lançado em junho do ano passado selecionou e acompanha projetos de iniciação empresarial principalmente em municípios do interior
Em Tucuruí, time empreendedor centra o foco em criar um espaço voltado aos aficcionados pelo universo geek e cosplayerMovido pelo objetivo de valorizar e desenvolver as ideias empreendedoras de professores, técnicos e alunos da Universidade do Estado do Pará (Uepa), bem como de estudantes das escolas públicas de ensino médio regular e profissional da rede de ensino estadual, o Núcleo de Empreendedorismo e Inovação da Uepa lançou, em junho de 2022, o edital Decola, em conjunto com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), para selecionar 60 (sessenta) Projetos de Iniciação Empreendedora, capazes de interferir de forma positiva na realidade social e econômica, principalmente de municípios onde estão situados os campi da Uepa.
Após um processo de seleção, as equipes classificadas, denominadas “times” no jargão do empreendedorismo, passaram por seis meses de capacitação e receberam um investimento financeiro. Depois dessa etapa, um novo processo manteve 20 times, que continuaram a receber a capacitação técnica e outra remessa de recursos.“Dança como Produto Terapêutico no Processo de Reabilitação Hospitalar” é o projeto de empreendedorismo que oferece um serviço terapêutico com a utilização de movimentos da dança.Recicla Jeans – Dentre esses times está o Jeans Cycle, baseado no campus XI, em São Miguel do Guamá, formado pela tutora Geiciane Costa (técnica administrativa da Uepa), e as bolsistas Amanda Silva e Ana Margarida, alunas do curso de Pedagogia, e Camila Peniche, aluna do curso de Letras. Por meio das técnicas do Upcycling (criação de novos produtos a partir de produtos já existentes), elas começaram a dar um novo destino para peças jeans que seriam descartadas. E, assim, investiram na confecção de bolsas e outros acessórios. “A partir da ideia de economia circular, nossa proposta propaga o consumo consciente, empregando elementos da flora amazônica, como sementes, fibras, pedras e cipós, gerando renda e contribuindo para o empreendedorismo comunitário amazônico, apresentando uma possibilidade de atividade econômica, além de ampliar o acesso de pessoas de todo o país a novos produtos. Neste sentido, todos participam desse processo de preservar o meio ambiente, cooperando dentro desse modelo eficiente do ponto de vista econômico, social e ambiental”, detalha Geiciane.
De acordo com a tutora, a inspiração para trabalhar com moda veio da paixão do time pelo universo criativo da moda, que na avaliação delas possibilita um modelo de negócio, “capaz de impactar e causar reflexões, que levem a novas ações a respeito da sustentabilidade. Além disso, traz beleza e modernidade para vida das pessoas”, afirmam as empreendedoras.
Por falar em beleza, nesta sexta-feira, 25, a Jeans Cycle vai apresentar as peças produzidas, em um desfile, que será realizado na Praça Licurgo Peixoto, Beira Rio de São Miguel do Guamá. Além da beleza, o desfile que representa um ponto de partida no processo de comercialização dos produtos, também reflete a felicidade da equipe, como percebeu a coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo da Uepa, Natácia Silva, que esteve reunida com o time esta semana.
Universo Geek – Já em Tucuruí, no campus XIII da Uepa, o projeto Cosplayers Connection: construindo personagens, realizando sonhos, está voltado às pessoas que desejam construir seus personagens Cosplay. A meta do time Cosplayers Connection é criar uma plataforma digital de comércio eletrônico e marketplace, “oferecendo uma ampla variedade de produtos e serviços voltados para o mundo geek”, como afirma o professor do curso de Educação Física, Márcio Riscik, tutor do projeto.
Aliás, foi da vivência do professor Márcio que surgiu a ideia de empreender nesse ramo. “Já atuo como Cosplay há mais de 10 anos, e todas as vezes que pensava em construir um personagem procurava muitos profissionais, produtos e serviços que atendessem esse objetivo, porém, eles estavam desconectados uns dos outros. Foi assim que pensei em construir esse projeto empreendedor para melhor atender as necessidades das pessoas que buscam esses serviços”, explica Márcio Riscik.
Outra característica do projeto é oferecer uma plataforma onde qualquer pessoa, do mundo geek ou não, possa explorar o Cosplay sem dificuldades, “o que vai possibilitar a conexão de cosplayers fãs, auxiliando na construção de seus personagens, celebrando e valorizando essa manifestação cultural, educacional e artística entre as pessoas”, completa Márcio, cuja equipe, além dele, conta com os bolsistas Márcio Lorran Moreira Mendes e Naiara Cristina da Silva Borges, ambos do curso de Fisioterapia, e Jhennifer Karolina Oliveira Klimluk, aluna do Ensino Médio da rede estadual.
A equipe afirma estar “hiper animada por ter sido selecionada”, diante da possibilidade real para viabilizar as ideias, pois perceberam a existência de um mercado muito interessante e, ao mesmo tempo, divertido de empreender.
O Cosplayers Connection conta com uma sala própria para reuniões e planejamentos, dentro do campus XIII e já desenvolveu a marca, criou CNPJ, está em processo de construção da plataforma digital e busca de parcerias para contemplar os serviços e produtos Cosplay, como ateliê para confecção de fantasias, maquiadores artísticos, artesãos para confecção das peças e desenhistas para produção de imagens. Entre as ações em andamento também está o cadastro de pessoas que trabalham exercendo performance de personagens Cosplay, para criar um “banco de talentos Cosplay”. Com essas iniciativas, o time percebe que começou a despertar interesse, inclusive de comerciantes locais.Em São Miguel do Guamá, equipe se dedica à reciclagem de jeans, criando produtos originais e afinados com os conceitos de sustentabilidade.
Dança – A Dança como Produto Terapêutico no Processo de Reabilitação Hospitalar é o projeto de empreendedorismo tutoriado pela professora de Educação Física, Rosângela Lima da Silva, no campus da Uepa em Altamira, que reúne um time formado pela aluna de Enfermagem Aldenora, pela bolsista Cíntia, da área de Educação Física, e por Vylmara, bolsista do Ensino Médio.
A proposta do projeto é oferecer um serviço terapêutico com a utilização de movimentos da dança. Nesse sentido, a professora Rosângela afirma que “o público-alvo são secretarias de saúde, clínicas e pessoas físicas, que tenham interesse em contratar o serviço”. No momento, o time está na fase de aproximação com os clientes em potencial e na organização para fazer uma mostra do serviço tanto na universidade, como na unidade básica de saúde, conta Rosângela.
Todos os times têm ainda quatro meses para executar os propostas e, ao longo desse tempo, ainda terão mentorias, agora mais especializadas e individualizadas, explica a coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo, que retoma o objetivo final do edital Decola: possibilitar que, ao término, aqueles que decidirem criar suas startups estejam aptos a montar seus negócios. “Espera-se que ao final desse prazo, eles já estejam comercializando seus produtos e colocando em prática suas ideias empreendedoras, ganhando dinheiro com isso”, conclui Natácia Silva.
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