Como investir na Bolsa com pouco dinheiro – UOL Economia

29 de julho de 2023

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Ao contrário do que muitos pensam, investir na Bolsa não é só para os ricos. Existem opções no mercado que custam pouco e que têm boa liquidez, o que favorece os investidores iniciantes, que ainda estão começando a se aventurar por esse universo.
O UOL selecionou opções de aplicação na Bolsa com rendimentos que chegaram a mais de 20% nos últimos 12 meses. São opções, segundo os especialistas, voltadas para quem quer começar na Bolsa. Além de ações, especialistas elencaram também investimentos em fundos e fundos de índice, chamados ETFs.
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É importante lembrar que os investimentos em ações e fundos fazem parte da renda variável. Você não deve investir todo o seu dinheiro nesses ativos – só uma parte pequena do total da sua carteira. Isso porque são investimentos mais arriscados: você pode ganhar mais, mas também pode perder mais dinheiro.
A Selic pode começar a cair. Atualmente, a taxa básica de juros está em 13,75% ao ano. Como muitos investimentos de renda fixa são corrigidos pela Selic ou pelo CDI, que também acompanha os juros, essas aplicações podem deixar de ser tão atraentes. A taxa pode começar a cair já em agosto. A estimativa do mercado, registrada no Boletim Focus, é de que a Selic fique em 12% ao ano em 2023 e em 9% em 2024.
Bolsa está barata. “A gente está com uma visão positiva para a Bolsa brasileira, mas sempre tem riscos. Em momentos como o atual, de expectativa de queda da Selic, tem uma boa perspectiva para a Bolsa, principalmente porque ela ainda está barata”, afirma Rachel de Sá, chefe de Economia da Rico.
A principal vantagem da renda variável é a maior rentabilidade. Mas esses ganhos maiores podem vir apenas no longo prazo. Muitas vezes, é importante ter sangue frio para esperar o momento de queda do preço da ação passar. Ou seja, se o investidor vender a ação quando o preço cair, terá prejuízo.
Nos fundos de investimento, há um valor mínimo para investir. Mas o investidor encontra diversas opções com aplicações iniciais baixas, até mesmo por R$ 100.
Já na Bolsa, vai depender do preço da ação. Normalmente, na Bolsa brasileira, as compras e vendas de ações acontecem em lotes cem ações. Mas o investidor pode comprar ações fracionadas, caso não queira pagar o preço cheio pelo lote.
Procure pelo código certo. Por exemplo, uma ação da Petrobras (PETR4) custa hoje cerca de R$ 29. O lote sairia por R$ 290. Mas o investidor que preferir pode comprar apenas uma no mercado fracionário, acrescentando a letra F no final do código. Dessa forma, a fração de PETR4 fica PETR4F. É importante lembrar que nem todas as ações são comercializadas de forma fracionada.
Descubram qual é o seu perfil de investidor. Isso pode ser feito através dos sites ou aplicativos das próprias corretoras, e vai definir quais tipos de produtos são mais indicados, de acordo com o grau de risco. Veja abaixo um quiz para definir qual é o seu perfil de investidor.
Especialistas recomendam começar com fundos. Os fundos de ações investem em diversos papéis, e não apenas de uma empresa específica. Quem escolhe as ações é o gestor do fundo, não o investidor. Isso diminui o risco do investimento – se uma empresa desabar, o prejuízo é mais diluído na sua carteira.
O risco de começar com fundos é menor. O assessor de investimentos da Ável, Guilherme Machado diz que os fundos são uma boa forma de começar a se acostumar com a instabilidade da Bolsa. “Temos um gestor profissional por trás. No longo prazo, isso pode trazer um retorno melhor por conta da estratégia e por ter uma gestão mais ativa”, diz.
Cada fundo de ações tem sua estratégia. Alguns fundos podem ser focados em commodities ou ESG, por exemplo, enquanto outros podem incluir até mesmo algumas aplicações de renda fixa para balancear o risco.
Também dá para investir em fundos passivos, ou de índice. Você compra, por exemplo, um ETF que vai replicar o Ibovespa. Então, ele vai investir nas ações que compõem o Ibovespa e vai seguir este índice. A pessoa está investindo em várias ações, em vez de uma. Essa é uma ótima maneira de começar”, afirma Rachel.
Já se quiser comprar ações, especialistas recomendam empresas e mercados consolidados. A dica é dar preferência a papéis de companhias sólidas e de setores mais estáveis, como bancos, empresas de energia e commodities, por exemplo.
O ideal é escolher setores em que não haja um movimento tão grande, seja de queda ou de alta. E para poder mitigar um pouco esse risco, usar uma estratégia de diversificação de portfólio, não colocar todos os ovos na mesma cesta. Porque se um papel der problema, os outros podem dar retorno.
Guilherme Machado, assessor de investimentos da Ável

As ações podem variar bastante. Elas sobem ou descem de acordo com o cenário nacional e internacional, são afetadas por estratégias das concorrentes e por decisões do governo, por exemplo.
Não invista todo seu dinheiro na Bolsa. Para os mais cautelosos, a economista aconselha ter apenas 1% em Bolsa, por exemplo, e 11% de fundos multimercado, que não são compostos apenas por ações. Já os mais arrojados podem ter uma fatia maior da sua carteira na Bolsa. Machado recomenda que a renda variável não ultrapasse 30% da carteira de investimentos. Depois de completar o quiz abaixo, veja a carteira recomendada para o seu perfil pelo UOL.
Outra ressalva é saber que rendimento passado não é garantia de rendimento futuro.
Cuidado com os custos e taxas. A compra e venda de ações tem cobrança de imposto de renda. Fundos também têm taxas de administração, que podem passar de 1% ao ano, e acabar reduzindo os ganhos. Já para comprar e vender ações não há taxa de administração.
Ação preferencial da Petrobras
Ação preferencial do Itaú Unibanco
Fundo de índice Ibovespa: acompanha as principais empresas da Bolsa brasileira
ETF Índice Brasil (IBrX-100): Acompaha os cem ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro
Fundo de índice S&P Dividendos Brasil: Replica as empresas que mais pagam dividendos no país.
ETF Inflação (IMA-B): Formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA.
ETF Inflação (IMA-B5+): Formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA com prazos superiores a cinco anos.
A poupança é o investimento mais usado pela maioria dos brasileiros. Mas há outras opções que podem ser mais vantajosas e que rendem mais.
Para quem está começando a investir, UOL fez uma série de quatro aulas ao vivo sobre como diversificar sua carteira.
O tema foi “Como sair da poupança com segurança para ganhar mais dinheiro”. Falamos sobre as opções de investimento que existem, como avaliar o seu perfil para investir de acordo com sua tolerância ao risco, como diversificar sua carteira e como saber se os seus investimentos estão de acordo com os seus planos e sonhos.
As quatro aulas já estão no ar. O primeiro episódio e fala sobre quais são os principais investimentos existem, como funcionam e quais são seus riscos. Assista à aula completa aqui. Já o segundo episódio mostra como descobrir qual é o seu perfil de investidor para aplicar melhor seu dinheiro, veja aqui. Já a terceira aula fala sobre como montar uma carteira de investimentos e está disponível aqui. O último episódio, sobre como movimentar sua carteira, pode ser assistido na íntegra aqui.
Assista ao aulão no Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, todas as quintas-feiras, das 16h às 16h40.
Assinantes do UOL podem reassistir às aulas quantas vezes quiserem. Ao final, os assinantes ainda vão ganhar um guia exclusivo sobre como investir além da poupança. Assine aqui e participe!
A última série do Papo com Especialista foi sobre como ter renda passiva pingando na sua conta com os investimentos. Para saber mais, acesse o especial “Guia de Investimentos para ter Renda Passiva”, exclusivo para assinantes.
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