Com investimentos previstos para a Bahia, montadora prometeu lançar complexo fabril em outubro
Diego Mendesda CNN
São Paulo
A montadora chinesa BYD revelou a intenção de criar um centro de pesquisa e desenvolvimento em Salvador (BA), como parte do projeto iniciado no estado.
O anúncio foi feito nos últimos dias pelo CEO da empresa no Brasil, Tyler Li, que contou também com a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
De acordo com a empresa, um dos principais objetivos do time de desenvolvimento no Brasil será desenvolver uma tecnologia de um motor híbrido flex, visando o uso de etanol em conjunto com a propulsão elétrica.
Segundo Li, a BYD trará essa tecnologia ao país com foco em auxiliar no processo de reindustrialização e reinvenção da indústria automotiva brasileira.
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Ainda de acordo com o CEO, a empresa pretende trazer um time de engenheiros para o Brasil porque entende que o etanol também é um combustível de energia limpa.
“Criaremos um centro de pesquisa e desenvolvimento em Salvador para avançar com essa tecnologia trazendo o know-how e treinamentos para transformar também a capital baiana no Vale do Silício brasileiro”, ressaltou o CEO.
Foi divulgado também que, em outubro, o presidente global da BYD, Wang Chuanfu estará presente na Bahia para o evento de lançamento da “pedra fundamental” que marcará o início das obras do complexo de Camaçari, à 50 quilômetros de Salvador.
Em julho, a empresa divulgou investimento de R$ 3 bilhões na unidade, que antes era ocupada pela Ford.
A linha de montagem será inspirada na unidade fabril de Changzhou, na China, e a montadora quer levar ao país pelo menos 100 brasileiros para aprender todos os processos produtivos.
O início das atividades na unidade está previsto para o fim de 2024 ou início 2025.
Com a capacidade estimada para entregar 150 mil unidades por ano, a BYD produzirá os modelos BYD Dolphin, 100% elétrico, e o BYD Song Plus.
O complexo agregará também outras duas fábricas: uma de chassis de ônibus e caminhões elétricos para abastecimento do norte e nordeste do país, e outra para beneficiamento e exportação de lítio e ferro fosfato, matérias-primas destinadas à produção de baterias.
Recentemente, este espaço voltou para a administração do governo da Bahia, com uma contrapartida de ressarcimento à montadora americana pelos investimentos feitos no complexo.
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