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Internacional
A Argentina busca replicar o criticado modelo de segurança de El Salvador que tornou o país um dos com maior taxa de encarceramentos de todo o mundo. Calcula-se que mais de 1% dos 6,5 milhões de salvadorenhos estejam atualmente em prisões do país, devido a leis acusadas de desrespeitar direitos humanos.
Nesta terça (19), a ministra da Segurança Nacional da Argentina, Patricia Bullrich, discutiu em San Salvador com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, as políticas aplicadas, que são alvo de críticas de entidades internacionais.
"De El Salvador não ouvíamos nada além de morte e destruição. Desde que Nayib Bukele é presidente isso mudou de forma impressionante", disse a ministra antes de entrar na reunião com o presidente salvadorenho.
"De um dos países mais inseguros, passou a ser um dos mais seguros do mundo."
O governo Bukele declarou em 2022 regime de exceção que suspendeu garantias constitucionais e gerou inúmeras denúncias de prisões arbitrárias, sem ordem judicial e mortes sob a custódia do Estado. Mais de 75 mil pessoas foram presas na política apelidade de "guerra às gangues".
Bukele implementou 'guerra ao crime' baseado em um estado de exceção permanente / Marvin RECINOS / AFP
Nayb Bukele, de extrema direita, se autodefine como "o ditador mais cool [legal, em tradução livre] do mundo". Eleito em 2019 como um forasteiro e prometendo mão de ferro para governar, ele autorizou no ano seguinte as Forças Armadas a invadirem o Congresso.
Em 2021, passou leis que permitem que o Executivo interviesse na Suprema Corte do país, ferindo o equilíbrio entre os poderes. Bukele foi reeleito este ano em uma campanha que foi acusada de ter sido marcada por medo, terror e uma grande abstenção.
* Com Tiempo Argentino e AFP
Edição: Rodrigo Durão Coelho
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