Por Silvia Rosa — São Paulo
Uma publicação feita por uma funcionária da Movida nas redes sociais gerou uma saia justa para a empresa. Uma imagem de um evento da companhia mostrava, ao fundo, um cartaz com compromissos de resultados assumidos para 2024, que iam de receita a lucro líquido. O propósito da foto não era divulgar os números, mas ela acabou chegando a investidores, que não gostaram do que viram. Por volta das 17h, a ação caía 4,37%, a R$ 11,15, depois de ter chegado a recuar mais de 11% ao longo do dia, entre as maiores baixas do Ibovespa.
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O cartaz indicava que os compromissos da Movida para 2024 eram atingir uma receita líquida de R$ 12,4 bilhões, Ebitda de R$ 4,34 bilhões e lucro líquido de R$ 210 milhões. O incômodo maior do mercado estava na última linha. O resultado previsto é a metade da estimativa do consenso de estimativas da Bloomberg, de R$ 425 milhões. O BTG Pactual, por exemplo, um dos bancos que cobrem o papel e recomendam compra, projeta lucro líquido de R$ 416 milhões para o ano que vem.
A empresa, porém, publicou um comunicado para acalmar os ânimos e disse que os números não refletem a realidade contábil da companhia e que, portanto, não deveriam ser considerados como guidance. Segundo a Movida, os dados são de uma convenção de vendas realizada na semana passada, entre os dias 5 e 6 de dezembro, quando foram distribuídos termos de compromisso com metas gerenciais simplificadas para as equipes operacionais.
No acumulado de 2023 até setembro, a empresa apresentou uma receita de R$ 7,8 bilhões, alta de 17,6%, e um prejuízo líquido de R$ 62,5 milhões, ante lucro de R$ 538 milhões em igual período do ano passado.
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