A Belotur e o Sebrae Minas firmaram um convênio de R$ 680 mil, que será utilizado na definição de uma identidade para a gastronomia de Belo Horizonte, em projetos de reconhecimento de restaurantes e chefs e no apoio à Bienal da Gastronomia da capital, evento previsto para outubro deste ano. A parceria é importante na estratégia de reforçar a imagem de Cidade Criativa da Gastronomia, designação concedida a BH pela Unesco. 

A primeira das quatro metas do convênio é a realização de um estudo de Place Branding, estratégia de marketing usada para fortalecer uma “marca registrada local”, que estimula experiências afetivas e pessoais dos visitantes. Para isso, serão definidos o posicionamento, a marca e a identidade da gastronomia de Belo Horizonte, que guiarão as estratégias de divulgação.

O mapeamento das origens históricas dos mercados públicos da cidade e suas características é a segunda meta. A pesquisa será disponibilizada na forma de conteúdos sobre os produtos e as técnicas gastronômicas típicas desse tipo de estabelecimento. 

A terceira meta é a criação dos projetos “Bares Notáveis” e “Panelas Abertas”. O primeiro, inspirado no modelo dos nossos hermanos argentinos, busca reconhecer estabelecimentos singulares da cidade, oferecendo o título homônimo. O segundo, desenvolvido pela Belotur, propõe um intercâmbio entre chefs, estudantes e produtores locais para a troca de experiências.

Por fim, a quarta meta é o apoio à Bienal da Gastronomia de Belo Horizonte, que acontece entre os dias 16 e 31 de outubro. O evento trará uma programação pensada especialmente para profissionais, estudantes, moradores e amantes da gastronomia que buscam conhecimento e a troca de experiências em encontros, apresentações, painéis e debates.
       
‌Gilberto Castro, presidente da Belotur, comemora a parceria com o Sebrae Minas. “A culinária de Belo Horizonte é um sucesso por ser resultado das trocas de saberes e ingredientes de todo estado, sem deixar de lado as inovações técnicas. A gastronomia sempre foi um importante componente da oferta turística da cidade e, após a sua designação pela Unesco enquanto Cidade Criativa neste campo, ganhou ainda mais destaque. O convênio com o Sebrae Minas, instituição experiente e capacitada, é reflexo do nosso empenho em fortalecer o setor e dialogar com os atores locais que integram essa cadeia produtiva”, afirma. 

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, esse trabalho em conjunto amplia a competitividade e fortalece o posicionamento estratégico da cidade no mercado. “Queremos promover e valorizar ainda mais a vocação gastronômica belo-horizontina, criando uma identidade única, que gere um senso de pertencimento da população e atraia a atenção de turistas e dos apreciadores da boa gastronomia mineira, impulsionando os pequenos negócios e o surgimento de novas oportunidades para a cidade”, explica Marcelo Silva.  

De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), no ranking dos motivos que fazem os turistas viajarem pelo mundo, a gastronomia encontra-se em terceiro lugar. E de acordo com o Ministério do Turismo, esse segmento é o melhor avaliado por turistas estrangeiros no Brasil. 

Belo Horizonte na Rede de Cidades Criativas da Unesco

A Rede de Cidades Criativas da Unesco abrange todos os continentes e foi criada com o objetivo de promover a cooperação entre municípios que buscam o desenvolvimento urbano sustentável levando em consideração a criatividade. As cidades integrantes são distribuídas em 7 modalidades: cinema, música, design, artesanato e artes folclóricas, arte e mídia, literatura e gastronomia, da qual Belo Horizonte faz parte desde 2019. Além da capital mineira, apenas outras 3 cidades brasileiras (Belém, Florianópolis e Paraty) possuem o título na mesma categoria.

Entre os diversos fatores que garantiram a entrada da capital mineira no grupo, estão a realização de mais de 70 festivais gastronômicos por ano, a “cultura de boteco” e a importância da cadeia produtiva que gera mais de 54 mil postos de trabalho, movimentando algo em torno de R$ 4,5 bilhões por ano. Também foi levada em consideração a capacidade da culinária local em sintetizar os territórios gastronômicos de Minas Gerais. 

Desde que Belo Horizonte ingressou na rede, a Belotur está empenhada em construir um programa de ações públicas em parceria com a cadeia produtiva, que abarque a gastronomia e a cultura alimentar e que promova o desenvolvimento do setor no contexto da economia criativa. Outras ações também estão sendo desenhadas, contemplando estudos e monitoramentos sobre os setores criativos; a integração do município com os circuitos limítrofes e a ampliação da oferta de roteiros gastronômicos de experiência. 

“Um dos nossos compromissos é manter o intercâmbio de experiências e cases de sucesso, atraindo turistas para a cidade, e fortalecendo ainda mais a capital como referência de Polo Turístico Gastronômico”, explica Gilberto Castro, presidente da Belotur.  

Encontre mais informações sobre a designação de Belo Horizonte pela Unesco como Cidade Criativa da Gastronomia no Portal Belo Horizonte. 

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