Para evitar o desaparecimento das empresas familiares quando da passagem do comando dos fundadores “para a segunda geração, e desta para a terceira, é preciso investir seriamente em um projeto de perenização, que inclui a preparação das famílias e o uso de ferramentas disponibilizadas pelo Direito Sucessório”.
A afirmação é do tributarista Eduardo Diamantino, especializado no segmento do agronegócio e sócio do escritório Diamantino Advogados Associados. Ele ministra nesta sexta-feira (11/8), em Piracicaba (SP), a aula “Perenização empresarial e governança: profissionalização e sucessão na empresa familiar”.
Será na sede do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege), instituto organizador do MBA da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, a partir das 18h.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as empresas familiares são 90% do universo empresarial no Brasil, sendo responsáveis por 65% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 75% dos empregos no país. Mas apenas um terço desse tipo de empresa sobrevive à passagem para a segunda geração. Quando se analisa o que acontece com a passagem da segunda para a terceira geração, é ainda menor o percentual de empresas que permanecem no mercado.
De acordo com Eduardo Diamantino, para manter as empresas familiares — em especial no segmento do agronegócio — produtivas e rentáveis ao longo de várias gerações, são seis os pontos principais que devem ser observados.
“As famílias devem ser preparadas; o uso das ferramentas de Direito Sucessório é bem-vindo; testamento e acordo de cotistas são fundamentais; uma governança forte empresta credibilidade e rumo às decisões; e tudo tem de ser tratado como um projeto, com começo meio e fim”, ensina o especialista.
Revista Consultor Jurídico, 10 de agosto de 2023, 19h30
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